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bem-vindo ao varal das calcinhas! tudo o que os homens sempre quiseram saber sobre as mulheres, mas nenhuma delas teve coragem de contar...


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agosto 25, 2004
 
Fala sério! III - O "orgulhinho ferido"

Já falamos e repetimos que os homens, em geral, tomam por garantida uma ficada de um simples bate-papo que tenha por "background" uma balada. Além do inconformismo, outro sintoma pode acometer os moçoilos posteriormente: o "orgulhinho ferido". Explico, com base em fatos reais:

O amigo e a amiga se encontram na festa de aniversário de uma conhecida deles. A Calcinha pensa: "putz, todas as minhas amigas vieram com os namorados... nem tô afim de segurar vela... vou conversar com os meninos então, que são os únicos desacompanhados." O Cueca pensa: "pô, olha só! Não precisei mexer um dedo e a Calcinha já tá na minha...". Os dois conversam por horas a fio. O Cueca nem se preocupa em sinalizar que tá afim (e a Calcinha não tem bola de cristal!!!). Eis que chega, então, um terceiro elemento na história: um Conhecido Gatão. Sozinho, ele desperta um repentino interesse na Calcinha, que não tem dúvida: se desvencilha sutilmente do papo e vai jogar seu charme em outras bandas. O resultado desta eqüação você já imagina:

Calcinha + Conhecido Gatão
então
Cueca = 0 x 0.
c.q.d.

O Cueca fica desolado, "p" da vida e não se conforma que "depois de tanto papo" a Calcinha esteja em outra.

Mas até aí você já conhecia a história. A incrível continuação vem a seguir:

Anos mais tarde, a mesma Calcinha e o mesmo Cueca da festa se reencontram. Águas já haviam rolado para cada um nesse meio tempo. Como todas aquelas coisas inexplicáveis da vida, pinta um clima novamente (detalhe: dessa vez a Calçola tá afim também!). Conversas vão e vêm, charmes são jogados para todos os lados e o Cueca não pára de se exibir para a Calcinha, como um pavão mostrando as penas. Todos têm certeza que vai rolar (porque tá obvio, oras!). Então, desenterrando sentimentos falecidos em outras décadas, o Cueca arrega. Arrega e, pra ser mais babaca ainda, fica com outra menina na frente da Calcinha, de propósito, como se estivesse "desfilando na Sapucaí". Todos se perguntam: "por quê, por quê???". E o "porta-voz" do infeliz confessa: "é porque, há 136.096.576.285 anos atrás, na festa da Cicrana, a Calcinha trocou ele pelo Conhecido Gatão". Trocou??? Ela nunca nem adquiriu a mercadoria, que dirá trocou??? Era o orgulhinho ferido do Cueca, fazendo-o agir como uma criancinha mimada. E digo mais: quem saiu por cima da história nem foi ele, mas a Calçola que se "poupou" de um Cueca tão "bobinho"...



agosto 10, 2004
 
Histórias da Noite...

Fala sério! II - "não me conformo em levar toco!"

O tipinho típico:
Rostinho bonito, dentes brancos, corpo ok, cabelo com um certo estilo, roupa impecável, Eternity no pescoço. Cheio de pose, whisky na mão, bombardeia com olhares 43, aquele assim, meio de lado, quase saindo, diretamente prá você.

A vítima:
Você mocinha que tava na casa de uns amigos tomando uns gorós e resolveu ir prá balada de última hora, de jeans e tênis, prá gastar a energia acumulada dançando, dançando muito.

O approach:
A mocinha vê o mocinho com os olhares 43 e desvia o seu. Fecha o olho e dança. Ai meu deusinho, será que o cara vem querer conversar e tirar a minha curtição? Puxa conversa com um dos amigos prá ver se inibe a ação do "mocinho 43". Mas depois de 2 perguntas e 2 respostas o diálogo morre porque o seu amigo também tá ali prá dançar e não prá conversar.
Vou no banheiro e vou pegar uma bebida.
Com o copo na mão, "créu": é abordada com uma piadinha sem graça do mocinho 43. Algo do tipo "porque você não olha prá mim", ou "já que vc não veio falar comigo, eu venho falar com você".

O papo:
Com um sorriso amarelo, ela acaba cedendo à conversa, afinal não quer se passar por antipática. O papo até que começa a ficar "legalzinho", pois surgem comentários sobre o som, o dj, a bebida que ela está tomando. O cara é até divertido. Ela leva a conversa adiante, dá umas risadas, conta alguma coisa engraçada (é legal fazer amigos na balada) mas não para de pensar na primeira oportunidade de encontrar um "conhecido" e "vou ali e volto já, tá?", pois de saia justa já basta a das meninas que estão ali em volta.

O crime:
Eis que a primeira oportunidade é logo interrompida por um abrupto silêncio e a dolorosa: "me dá um beijo". E desde quando beijo se pede? Ela diz não. Simplesmente NÃO, em maiúsculas, categórico, seguido de um ponto final.

Começa o interrogatório: mas por que não? Eu sou feio? Eu sou chato? Me diz o que que eu tenho de mal (uô... ô)? Não adianta ela falar que ela não está afim e pronto. Tem que justificar, afinal ele não entende como aquele material todo ficou ali gastando aquele tempo todo conversando com ela por nada. Mas como assim? Poxa, eu sou tão bonito, meu papo é tão agradável, porque não?

E lá vai o toco. Ele não se conforma. Fica puto em ter seu tempo perdido com a mocinha que lhe dá um perdido. E ainda diz: "pô, sacanagem sua em ficar conversando comigo." Ainda reclama porque a mocinha foi simpática! Já ouvi um caso que o mocinho 43 ainda teve a pachorra de dizer "ah, você não é mesmo assim tão bonita...", tentando em vão dar uma massageadinha no ego, tentando recuperá-lo do lixo onde foi jogado junto com as latinhas de cerveja depois do toco.
"Eu vim só prá dançar", para ele, é conversa prá boi dormir. Desde quando alguém vai na balada prá dançar? Nós vamos.

Pobres mocinhos do olhar 43. Mesmo inconformados, ainda vão levar muito toco.